PROJETO ÁRVORE
FRANCISCO ORNIUDO FERNANDES
orniudo@uol.com.br
Todos nós temos o dever de preservar a natureza e zelar pelo meio ambiente. O futuro das próximas gerações, depende de nossas ações em relação ao respeito a biodiversidade. A conscientização ecológica é o fermento para um mundo com mais saúde.
O Projeto Árvore, nasceu da iniciativa dos médicos: Dr. Leonardo Gadelha de Oliveira, Manoel Jaime Xavier Filho, Francisco Orniudo Fernandes, Geraldo de Almeida Cunha Filho, Marcos César Lopes e Weber Toscano de Brito. A idéia partiu do Dr. Leonardo Gadelha, durante reunião no Hospital da Unimed, em João Pessoa-PB.
O objetivo é a conscientização de todos para o despertar da responsabilidade de cada um pela conservação da natureza para a preservação das espécies.A meta a atingir é inicialmente plantar uma ou mais árvore, um IPÊ, em cada unidade hospitalar da rede estadual, ou, outros órgãos públicos; devendo se estender posteriormente, por todo o território paraibano.
Plantando-se uma árvore semeia-se mais uma vida na terra.
Com o aval do diretor do Hospital Napoleão Laureano, Dr. João Batista Simões, a primeira árvore foi plantada no jardim em frente ao ambulatório Janduhy Carneiro, às 11 horas, do dia 21 de setembro de 2010, em comemoração ao Dia da Arvore. O ipê é a árvore símbolo nacional.
Compareceram ao ato ecológico, além do diretor geral do nosocômio, Dr. João Batista Simôes e sua esposa, Jozenilda Guedes Alves, Severino Rodrigues dos Santos (Raminho), vice-diretor, Gilson Cavalcanti de Melo, Chefe do Serviço de Administração, João Alberto Pessoa, coordenador do CTI, os doutores, Geraldo Almeida Cunha Filho, Leonardo Gadelha de Oliveira, Francisco Orniudo Fernandes e Manoel Jaime Xavier Filho. O registro fotográfico foi de Romualdo Luis de Oliveira, funcionário que é responsável pelo site da Instituição. O serviço de jardinagem teve o senhor José Eudo de Araujo.

Em pé: Gilson de Melo e Severino Rodrigues (Raminho).
Agachados: Geraldo Almeida, Orniudo Fernandes, João Batista Simões e Manoel Jaime.
Na ocasião o Dr. Geraldo Almeida destacou a importância do momento que se perpetuará como exemplo para melhoria de vida do planeta. O Dr. João Batista Simões agradeceu a doação da árvore, ao colega Leonardo Gadelha, e a todos que prestigiaram a solenidade.
O segundo estabelecimento público contemplado foi o Hospital Clementino Fraga, depois, o Hospital Padré Zé Coutinho e o Conselho Regional de Medicina da Paraíba.

Em pé: Severino Rodrigues (Raminho), João Alberto Pessoa, João Batista Simões e esposa e Manoel Jaime.
Agachados: Orniudo Fernandes, Geraldo Almeida e Leonardo Gadelha.
No mesmo dia, a imprensa noticiava um acidente sem vítima, ocasionado pela queda de uma grande árvore da Mata do Buraquinho, de aproximadamente 8 m de altura, sobre a avenida D. Pedro II; agarrada em seus galhos foi salvo um casal de preguiças que foi devolvido para o seu ambiente natural.
Outro acontecimento que marcou a data foi a reabertura para visitação pública, do Jardim Botânico de nossa capital que estava fechado havia cinco anos.
A floresta do Jardim Botânico é uma reserva do que resta da Mata Atlântica.
A Mata Atlântica é um dos ambientes mais ricos do planeta. Abriga quase 16 mil espécies de plantas e 45% delas só existem ali. 261 tipos de mamíferos e mais de 1000 espécies de aves vivem em toda a sua extensão. Apesar de sua importância, somente 7% da floresta original permanece intocável. 80% de toda a área são propriedades privadas, as chamadas reservas particulares do patrimônio natural.
Na Paraíba, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, constatou uma enorme devastação da Mata Atlântica, que já atingiu 2/3 da cobertura florestal, além da destruição do bioma caatinga que está acontecendo de maneira assustadora, principalmente nas regiões do Sertão e Cariri, para a produção de lenha e carvão que são utilizados em olarias, beneficiamento de minérios e siderúrgicas. O desmatamento causa desertificação da caatinga, com efeito muito preocupante para o meio ambiente.
É preciso despertar a nossa responsabilidade para conservação do meio ambiente, porque pagaremos caro no futuro com distúrbios ecológicos sociais graves. São prejuízos que a destruição acarreta – deslizamentos resultantes da derrubada de matas, enchentes de grandes proporções, preço da dessalinização da água, custo de alugar abelhas para polinizar a plantação quando as abelhas nativas são destruídas.
Para concluir este artigo, vale reproduzir o trecho do manifesto do chefe Seattle respondendo em 1855, a proposta do presidente dos Estados Unidos para compra das terras indígenas.
“Devem ensinar as crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avôs. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que aterra é enriquecida com as vidas de nosso povo.
Ensinem as suas crianças o que ensinamos as nossas crianças; que a terra é nossa mãe. Tudo o que ocorrer com a terra ocorrerá aos filhos da terá. Se os homens desprezam o solo, estão desprezando a si mesmos.
O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro - o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro.
O homem branco parece não sentir o ar que respira...
Os rios nossos irmãos, eles saciam nossas sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar as suas crianças que os rios são nossos irmãos e seus também, e vocês devem daqui em diante, dar aos rios a bondade que dariam a qualquer irmão...
... Não há um lugar calmo nas cidades do homem branco. Nenhum lugar para escutar o desabrochar de folhas na primavera ou o bater de asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreenda. O ruído parece apenas insultar os ouvidos.
E o que resta da vida se o homem não pode escutar o choro solitário de um pássaro ou o coaxa dos sapos em volta de uma lagoa à noite?”