sábado, 18 de dezembro de 2010

Saúde mental: evento na UFPB reúne alunos e pesquisador da ENSP

ENSP, publicada em 17/12/2010

Promovido pelo grupo de estudos em saúde mental da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o evento Diversidade, Cultura e Saúde Mental: outras dimensões para a compreensão da loucura contou com a participação de alunos do Doutorado Interinstitucional (Dinter) de Saúde Pública do Nordeste, coordenado pela pesquisadora Cristina Guilan, também coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da ENSP, e teve como principal conferencista o pesquisador Paulo Amarante (Daps/ENSP/Fiocruz). O evento aconteceu na quarta-feira (15/12), no auditório da Reitoria da UFPB, e reuniu cerca de 350 pessoas.

Também participaram do evento a secretária Municipal de Saúde de João Pessoa, Roseana Meira; o diretor em exercício do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFPB), Reinaldo Almeida; o assessor de graduação do CCS, João Euclides Braga; Leandra Cruz do (LAPS/ENSP/Fiocruz); o vereador Ubirajara; e o coordenador Operacional do Dinter/ENSP/UFPB, Cesar Cavalcanti, além de professores, profissionais de saúde, gestores municipais, usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e alunos de diversos cursos de graduação.

Paulo Amarante, que também coordena o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (Laps/Daps/ENSP), abordou o conceito de diversidade cultural como aspecto central no processo da Reforma Psiquiátrica, fazendo a articulação de diferentes ações políticas contemporâneas, atores, movimentos sociais e políticas de Estado.



Durante o evento, foram apresentados trabalhos desenvolvidos nos CAPS de todo o estado da Paraíba, sempre protagonizados por usuários do sistema, como Terapias Integrativas; Terapia Comunitária; Consultório de Rua e Terapias Populares. O período da tarde foi reservado à realização de "rodas de trabalho", que discutiram temas como: Trabalho em saúde mental infanto-juvenil; Política nacional de atenção integral aos usuários de drogas; Saúde mental e família; Redes de atenção em saúde mental; Participação popular e controle social; Atenção à crise; Saúde mental e atenção básica; e Direitos humanos e violência.

Para Ana Tereza Medeiros, que presidiu o evento, "iniciativas como essas têm um papel importante no processo da Reforma Psiquiátrica, pois a Reforma como um processo social complexo não se reduz a transformação do modelo assistencial em saúde mental. É necessário demarcar um novo lugar social para a loucura". Para a doutoranda Ana Luiza Castro Gomes, coordenadora das atividades, o evento foi muito positivo e "comprovou que um sonho que se sonha juntos sempre se transforma em realidade".


Fonte: Texto e fotos: Cesar Cavalcanti da Silva

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