domingo, 13 de maio de 2012

HOMENAGEM AS MÃES



                                               FRANCISCO ORNIUDO FERNANDES
                                               orniudo@uol.com.br
                O segundo domingo do mês de maio, foi escolhido para homenagear as mães. Rendo o meu respeito às verdadeiras heroínas.
                Mães que são esquecidas nos presídios, cumprindo penas devido a crimes cometidos; algumas, que assassinaram os seus maridos devido a maus tratos. Outras, envolvidas no desastroso mundo das drogas;
                Mães vítimas da violência do estupro que, mesmo com o direito estabelecido pela constituição,  não praticaram o aborto;
                Mães solteiras, que foram seduzidas pela paixão, e, posteriormente, abandonadas pelo “príncipe” dos seus sonhos. Estas mães, que ainda sofrem com o desamparo familiar pela incompreensão;
                Mães que vitimadas por desastres naturais, desabamentos, enchentes, tsunamis, terremotos, ficaram responsáveis pelas tarefas do lar e da difícil educação dos filhos;
                Mães que foram afastadas e perderam os seus cônjuges, na missão absurda e desumana de uma guerra;
                Mães que vivem nas ruas pedindo esmolas,  nos cruzamentos de avenidas, na frente dos estabelecimentos comerciais, nas praças,  ou,  dormindo nas calçadas ou viadutos;
                Mães que vivem abandonadas nos asilos, que dificilmente recebem pelo menos o conforto de algum membro da família, ou amigas;
                Mães que foram acometidas de doenças mentais, e foram jogadas em hospitais ou clínicas psiquiátricas;
                Mães que tiveram os seus filhos e não tiveram condições de criá-los, abandonando-os nas calçadas, nos lixões da miséria, nos açudes;
                Mães solitárias da seca, drama que periodicamente afeta a vida dos nordestinos, levando os pais de família abandonarem  o seu aconchego na roça, deixando a mulher e os filhos,  em busca de trabalho para sobrevivência.
                Mães que renunciam o conforto da vida moderna, para dedicar-se plenamente ao seu filho (a), que nasceu com doença congênita incapacitante;
                Mães que mesmo nas adversidades do sertão, sem amparo no setor de saúde, consegue parir quatorze vezes, tendo como exemplo minha mãe, Ana Orcina Fernandes;
                Que todas as Mães, ricas ou pobres, brancas, loiras ou afrodescendentes, cultas ou analfabetas, abraçadas na  fé em Deus ou incrédulas, tenham um dia de esperança de um futuro promissor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário